sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Planejamento da Previsão de Pessoal

CÓDIGO

Como a Gestão de Pessoas deve atuar para que a eficácia organizacional seja alcançada?
Toda organização tem (ou deveria ter) uma missão, uma finalidade para a qual foi criada. Esta missão precisa ser bem divulgada e atualizada constantemente, de forma que todas as pessoas envolvidas com a organização saibam qual é a missão da empresa, e assim poder, através de seu trabalho, participar da sua concretização.
Por sua vez, a visão da organização tem a ver com seu futuro, com onde a organização pretende chegar dentro de alguns anos. Ambas (missão e visão) são definidas pela alta direção da empresa, que pode ser entendida como o nível mais alto da hierarquia.
Estas duas proporcionam informação suficiente para que os objetivos organizacionais sejam definidos em um planejamento estratégico organizacional. Este planejamento é um meio pelo qual a empresa vai atingir os objetivos da missão e visão.
Como sendo um processo da organização, a Gestão de Pessoas deve fazer a sua parte neste planejamento, atuando tanto de forma estratégica, com os outros processos, como definindo para si um planejamento de previsão de pessoal, de forma que haja pessoas disponíveis para realizar o trabalho em quantidade suficiente para se atingir os objetivos organizacionais.
Algumas empresas sofreram mudanças na sua organização e o processo seletivo também acompanhou estas mudanças. Veja este artigo no qual várias empresas relatam as alterações ocorridas no processo de recrutamento e seleção:

Existem diferentes modelos de Planejamento de Previsão de Pessoal. A utilização de um ou de outro dependerá de cada realidade organizacional. Vamos a eles:
No Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço, o número de funcionários depende da variação existente entre a oferta e procura do serviço ou do produto. Ou seja, a relação entre o número de funcionários e o volume de produção/serviço varia de acordo com a produtividade, a tecnologia, a disponibilidade de recursos financeiros e a disponibilidade de pessoas na organização. Por exemplo: uma sorveteria possivelmente terá mais funcionários atuando nas épocas de calor, quando a procura pelo produto (sorvete) aumenta.
Já o modelo baseado em segmentos de cargos, utilizado em grandes empresas, consiste em: escolher um fator estratégico que interfira na necessidade de pessoal; em estabelecer níveis históricos para este fator; em determinar os níveis históricos de pessoal; e em projetar a quantidade de pessoal necessária, de acordo com o resultado da relação entre a projeção da necessidade no passado e futuro do fator estratégico analisado.
Outro modelo de planejamento de previsão de pessoal, o modelo de substituição de postos-chave, tem uma forma de organograma, onde o nome das pessoas e algumas informações sobre seu desempenho constam no cargo correspondente. Assim, pode tomar decisões sobre o funcionário. Normalmente utiliza-se de programas de computador para cruzamento de dados.
De forma diferente, o modelo baseado no fluxo de pessoal faz um mapeamento do fluxo das pessoas na organização através do cálculo do número de desligamentos, admissões, transferências e promoções. Normalmente é usado em ambientes estáveis que buscam a manutenção da sua estrutura.
E finalmente, o modelo de planejamento integrado leva em conta quatro fatores para ser desenvolvido. O volume de produção planejado, as mudanças tecnológicas que possam alterar a produtividade, as condições de oferta e procura e o planejamento de carreira. Creio que este modelo é o que mais abrange as variáveis que interferem na necessidade de pessoal nas organizações, e por isso, as decisões são mais fundamentadas em dados.

Independente do modelo adotado, as organizações, para serem eficazes, precisam de um planejamento deste tipo a fim de não atuarem somente no imprevisto. Faz parte do papel do profissional de RH disseminar para a organização a importância do planejamento de pessoal, caso ainda não seja visto desta forma. Se for preciso, mostre em números (valores financeiros) o quanto a empresa perde com esta falta de planejamento.

Dica de leitura: Livro capítulo sobre o planejamento de pessoas do livro "Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações", de Idalberto Chiavenato.

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